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Terra Santa: guia para a riqueza cultural e histórica de Jerusalém

Jerusalém: uma volta pela Terra Santa, em Israel | Segue Viagem

Quando escutamos falar em Jerusalém, o que nos vem imediatamente à cabeça é a cidade que marcou a vida de Jesus Cristo e onde ele esteve algumas vezes – a primeira, após o nascimento, levado por José e Maria ao Templo de Jerusalém; a segunda, durante a infância, quando conversou com doutores no mesmo local; e pelo menos outras duas vezes, segundo referências da Bíblia, sendo a última durante sua prisão, crucificação e ressurreição.

Com sua inegável importância histórica para o mundo, Jerusalém data de 5 mil anos e é considerada a Cidade Sagrada para as três religiões abraâmicas – Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. Já foi capital do antigo Reino de Israel, na época governado pelos reis Davi e Salomão, responsáveis pela construção do primeiro templo de Israel no Monte do Templo, o local mais sagrado para os o povo judeu.

Aproximadamente seis séculos após a morte de Jesus, Jerusalém foi novamente palco de um novo evento religioso, desta vezatravés da visita do profeta Maomé, fundador do Islamismo, à cidade. De acordo com relatos históricos, foi em Jerusalém,no Domo da Rocha, que Maomé ascendeu aos céus e conversou com Deus. Para os muçulmanos, este é um dos locais mais sagrados para o Islã.

Ao longo do tempo, desde que foi fundada, diferentes povos e impérios ocuparam Jerusalém, entre eles os babilônios, persas, gregos, romanos bizantinos, árabes, cruzados, otomanos e britânicos. Todos estes povos deixaram enraizadas suas marcas na cultura local, o que transformou Jerusalém em um berço da história e da cultura mundial.

Seja qual for o motivo da sua viagem a Jerusalém – religioso, cultural ou histórico -, embarque com o Terra Santa nesta viagem fascinante e conheça um pouco mais sobre a riqueza cultural e histórica desta cidade secular e sagrada!

Diversidade cultural e histórica: a marca de Jerusalém

Jerusalém em hebraico (Yerushaláyim ) significa Cidade da Paz; em árabe, (Al-Quds), A Sagrada. Em sua maioria, a cidade é formada por judeus, que respondem por 64% da população. Depois, muçulmanos (32%). Os 4% restantes referem-se a cristãos (2%) e demais religiões (2%). Considerada por Israel como sua capital oficial, Jerusalém está localizada em um planalto na parte montanhosa no sul daquele país em uma região conhecida como Judeia. Está a leste da capital econômica de Israel, Tel Aviv, e do Mar Mediterrâneo, e a oeste do Mar Morto.

Aclamada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco, Jerusalém encontra-se atualmente dividida em quatro bairros – o Cristão, Armênio, Judeu e Muçulmano, mas há espaços de interação entre eles. Não é à toa que a cidade é considerada um símbolo de tolerância e convivência entre culturas e religiões tão distintas. A diversidade da população, que reúne vários grupos étnicos e religiosos, reflete-se diretamente na mistura de diferentes tradições, costumes, línguas e manifestações artísticas e religiosas. Tudo isto acaba sendo mais do que suficiente para atrair milhões de turistas de diversos credos todos os anos, fazendo de Jesuralém um dos destinos mais procurados por peregrinos religiosos, estudantes, pesquisadores e aficionados por história.

Como não poderia faltar, Jerusalém abriga um centro de estudos e pesquisas sobre arqueologia, religião e história da região. Há também várias instituições acadêmicas renomadas, como a Universidade Hebraica de Jerusalém, a Universidade Al-Quds e o Instituto Francês de Arqueologia Bíblica e Arqueológica.

Jerusalém: descubra um museu a céu aberto!

Museus, galerias de arte e teatros estão por toda parte em Jerusalém: o Museu Nacional do Estado de Israel ou apenas Museu de Israel, por exemplo, possui a mais vasta coleção de arte, arqueologia e cultura judaica de todo o mundo! A instituição foi fundada em 1965 e está localizada no centro de Jerusalém. Ao todo, em meio às suas várias alas, há mais de meio milhão de peças em exposição. Lá, é possível, por exemplo, visitar o Santuário do Livro e ficar frente a frente com os Manuscritos do Mar Morto, considerados os textos bíblicos mais antigos do mundo. Há também uma maquete da cidade de Jerusalém da época do Segundo Templo.

O Memorial do Holocausto Yad Vashem é um museu único em todo mundo e uma das atrações históricas mais contundentes de Jerusalém: o local foi criado homenagear os milhões de judeus que foram mortos no Holocausto durante a II Grande Guerra. Lá, você poderá conferir uma exposição permanente, um memorial com nomes das vítimas que pereceram sob o jugo nazista e um centro educacional. Às segundas e quartas, é possível visitar o museu em horário estendido – até 20h.

O Museu da História de Jerusalém, localizado na Torre de Davi, que no passado era uma cidadela próxima à entrada do Portão de Jafa,na velha Jerusalém, é uma atração imperdível para quem está na cidade. Imagine a sensação de visitar uma fortaleza do século I, um local que já foi destruído e reconstruído várias vezes pelos conquistadores que ali passaram. No local, é possível aprender sobre a história da cidade através de artefatos, maquetes e apresentações audiovisuais.

Seja dia ou noite, de lá é possível ter uma vista ímpar de Jerusalém, da velha e nova cidade. As visitas noturnas ainda oferecem um bônus à parte: através de uma bela trilha sonora e luzes coloridas, são projetadas nas ruínas imagens que contam a saga da cidade desde sua fundação até os dias atuais. As apresentações têm a duração de 45 minutos e o horário de visitação do museu é de domingo a quinta, sempre das 9h às 16h; nas sextas, de 9:00 às 14:00. e aos sábados das 9:00 às 16:00. O preço de um ingresso para adultos é de cerca de 40 shekels, que é a moeda local (aproximadamente 11 dólares). Menores de 18 anos e estudantes têm tarifação reduzida e o preço cai para 18 shekels (mais ou menos cinco dólares) e 30 shekels (aproximadamente oito dólares).

Não importa se você é apenas um visitante, pesquisador ou apaixonado pelo mundo das artes. O Museu de Arte Islâmica é outro destino incrível para você conferir em sua viagem a Jerusalém: objetos de valor inestimável que remontam do século VII ao XIX podem ser conferidos para deleite dos seus olhos: cerâmicas, tapetes, joias, armas e relógios, inclusive a coleção doada pelo escritor britânico e ex-Lord-Prefeito de Londres no século XIX, David Salomons.

Outra surpresa entre os museus de Jerusalém é o Moshe Castel Museum, que foi construído para homenagear o artista israelense Moshe Castel, nascido em 1909 no bairro Bukharian em Jerusalém. As pinturas de Castel têm como característica sua inspiração na caligrafia, Bíblia e na própria Cabala.

Jerusalém: sítios históricos e outros locais imprescindíveis para o turista

Praticamente todo turista que viaja a Jerusalém, deixa Israel com o coração apertado de emoção e cheio de saudade, já pensando em retornar ao local. Afinal, o que não falta são atrações para visitar!

Para não ficar por fora de nenhum detalhe, que tal uma lista de outros lugares que não podem faltar no seu check list ao visitar Jerusalém? Anote aí:

  • Monte das Oliveiras e Jardim ou Horto do Getsêmani: onde Jesus passou seus últimos momentos em oração antes de ser preso, torturado e crucificado. Este é um lugar de importância religiosa e histórica para as três religiões monoteístas. De lá, é possível ter uma vista muito bonita da Velha Jerusalém.
  • Localizado na ala oriental de Jerusalém, próximo à Esplanada das Mesquitas, onde estão a Mesquita de Al-Aqsa e a Cúpula da Rocha, que são locais sagrados para os muçulmanos, está o Muro das Lamentações, considerado o símbolo mais importante de Jerusalém para o povo judeu. Isto acontece porque o muro é tudo aquilo que restou do Segundo Templo de Jerusalém, destruído pelo general romano Tito em 70 d.C.. A crença dos judeus é que o muro continua de pé por causa de uma promessa feita pelo próprio Deus, assegurando a preservação de pelo menos uma parte do templo para servir de símbolo de aliança do povo com Ele. Daí, a prática de se rezar ao pé do Muro e ali depositar, entre as frestas das pedras e paredes, pequenos pedaços de papel contendo orações, pedidos e súplicas. Todos podem ter acesso ao local, entretanto há uma divisão de acesso para homens e mulheres.
  • No Santuário Islâmico, você poderá visitar o Domo da Rocha, a área sagrada muçulmana que ocupa parte do Monte do Templo em Jerusalém. O local é também conhecido como Nobre Santuário ou Al-Haram al-Sharif, uma área extensa, com mais de 35 hectares que ainda inclui a Mesquita de Al-Aqsa. Construído no século VII por Abedal Maleque, o Domo da Rocha pode ser facilmente identificado em Jerusalém através da sua cúpula de cor dourada. Muita gente não sabe, mas aquela estrutura foi construída para servir de proteção para a Pedra Fundamental, a rocha onde, de acordo com a tradição muçulmana, o profeta Maomé ascendeu ao céu. O local é igualmente sagrado para os judeus, que acreditam que foi ali que Abraão entregou o seu próprio filho para sacrifício a Deus e, também, onde o rei Salomão construiu o primeiro templo.
  • Outro local imprescindível em sua visita a Jerusalém é a Basílica do Santo Sepulcro, um templo cristão que fica localizado na Cidade Antiga de Jerusalém e onde, de acordo com a tradição, Jesus teria sido crucificado, sepultado e ressuscitado. Para os cristãos, o local é um dos pontos mais importantes e sagrados do cristianismo. Construída no século IV pelo imperador Constantino, que ordenou a demolição de um templo romano dedicado a Vênus que cobria a sepultura de Jesus, a basílica chegou a ser destruída e reconstruída várias vezes ao longo dos séculos. No mesmo local, é possível conferir vários outros pontos de destaque dos últimos momentos de Cristo antes de sua ressurreição: o Monte Calvário, onde Jesus foi crucificado; a Pedra da Unção, onde Jesus teria sido ungido antes de ser sepultado; a Edícula, estrutura que abriga o túmulo de Jesus, fragmentos da Vera Cruz (nome dado à verdadeira cruz onde Cristo foi crucificado), a Coroa de Espinhos e o Santo Sudário.
  • Reviver os últimos e dolorosos passos de Jesus através de uma caminhada pela Via Sacra, caminho percorrido pelo Cristo açoitado e torturado até sua pregação à cruz, é para muitos uma conexão espiritual com Deus. Para outros, uma forma de conhecer o capítulo histórico que influenciou toda a história do mundo até os dias atuais.

O fascínio da velha Jerusalém quando cai a noite

A beleza da histórica Jerusalém não está restrita à luz do dia. O Terra Santa conferiu alguns dos passeios que você pode fazer à noite para conhecer o outro lado da Cidade Sagrada após o pôr do sol.

Como sugestão, você pode fazer um passeio noturno pela Cidade Velha em Jerusalém, observando os procedimentos de segurança locais e aqueles que se aplicam ao turismo na maior parte do mundo. Em geral, Jerusalém é considerada uma cidade segura para os turistas, mas é preciso ficar atento às notícias e avisos divulgados pelas autoridades.

Recomenda-se evitar áreas de conflito, seguir as orientações do seu guia local, dos funcionários do hotel onde você está hospedado e da polícia. É igualmente importante respeitar os costumes e as crenças locais e não envolver, em hipótese alguma, em discussões políticas ou religiosas!

Dito isto, é possível, sim, aproveitar a noite na cidade nas áreas consideradas seguras e adequadas para o trânsito de turistas. Há muitas opções de lazer e cultura disponíveis em Jerusalém. Entre elas estão bares, restaurantes, shows, teatros e museus. Entre os lugares imperdíveis para visitação noturna estão o Muro das Lamentações, iluminado à noite; o Museu de Israel, que fica aberto até 21h às terças-feiras, e o famoso Mercado Mahane Yehuda, um ponto de encontro para jovens e turistas.

A gastronomia de Jerusalém oferece desde comida típica israelense até pratos internacionais sofisticados. Experimentar a gastronomia local no Mercado Mahane Yehuda, um dos lugares mais animados e coloridos de Jerusalém, também não pode estar fora dos seus planos. Lá você encontrará muitas frutas, verduras, temperos, especiarias, doces, pães etc . Pratos típicos como falafel, hummus, shawarma e kebab podem ser degustados em uma variedade de restaurantes.

Todas as atrações religiosas e históricas descritas neste conteúdo e muitas outras podem ser vividas intensamente em vários roteiros que o Terra Santa preparou ou irá preparar para você, em especial: https://terrasanta.com.br/pacote/jerusalem-express/ e https://terrasanta.com.br/pacote/circuito-terra-santa-evangelico/. Confira!

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Rubens Lacorte, 57, é jornalista, redator institucional, professor e tradutor intérprete. Apaixonado pelo setor turístico, há 10 anos está à frente de vários projetos da área de marketing da Holding Viajar e há mais de três décadas acumula experiências de viagens a lazer, estudo e trabalho no Brasil e exterior.